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Glaucoma, uma doença silenciosa

Notícias - 29 de Maio de 2017

Segundo a oftalmologista Roberta Barreto Fico, o glaucoma é uma doença ocular que provoca danos irreparáveis no nervo óptico. Este, por sua vez, é o nervo que carrega as informações visuais. "Ainda não se compreende porque ocorre o aumento da pressão intraocular geralmente está associada à lesão do nervo óptico. E não acomete apenas aos adultos, crianças também podem ser diagnosticadas, embora não manifestem nenhum tipo de sintoma", explica Roberta. O glaucoma pode ser classificado em alguns tipos, dentre eles:
De ângulo fechado (agudo) - Ocorre quando a saída do humor aquoso - liquido produzido pela parte anterior do olho - é subitamente bloqueada. Isso origina um aumento rápido, doloroso e grave na pressão intraocular. Casos de glaucoma agudo são emergenciais.  De ângulo aberto (crônico) - É o tipo mais comum e tende a ser hereditário, mas sua causa é desconhecida. Nele, um aumento na pressão ocular desenvolve-se lenta e silenciosamente com o passar do tempo, e a pressão elevada causa um dano permanente no nervo óptico e perda do campo visual.  Congênito - Como o próprio nome diz, é o tipo em que a criança já nasce com a doença, uma falha no desenvolvimento infantil. Esse tipo, no entanto, é considerado raro e deve ser descoberto rapidamente para dar início ao tratamento e evitar a cegueira. Secundário - É causado, principalmente, pelo uso de medicamentos, como corticosteroides, pelos traumas e por outras doenças oculares e sistêmicas. Fatores de risco
A médica alerta alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença que pode levar à cegueira, se não tratados. "Pessoas com idade mais avançada, histórico familiar e que já possuem problemas nos olho como a miopia, têm mais tendência a adquirir, além do uso contínuo de medicamentos à base corticosteroides", alerta.

Sintomas
Conforme Roberta, esse tipo de enfermidade não apresenta muitos sintomas. "Muitas pessoas não percebem nada até ter início na perda da visão, que inicia gradualmente na visão periférica; porém, alguns sentem as mudanças e os sintomas mais frequentes nos adultos são: dor grave e súbita em um olho, visão diminuída ou embaçada, náusea e vômito, olhos vermelhos ou com aparência inchada. Já nas crianças é possível notar nebulosidade na parte frontal dos olhos, aumento de um olho ou de ambos, olho vermelho, sensibilidade à luz e lacrimação.

Tratamento
Diagnóstico e tratamento imediatos, segundo a médica, são essenciais para salvar a visão. Se a cirurgia for realizada cedo, muitos pacientes não sofrerão problemas futuros. "O objetivo do tratamento é reduzir a pressão ocular. Dependendo do tipo, o processo pode ser feito por meio de medicamentos ou até mesmo cirurgia. Alguns pacientes podem precisar de outras formas de tratamento, como o a laser, para auxiliar na desobstrução da circulação do humor aquoso", explica.

Prevenção
Roberta destaca: "É muito importante fazer consultas frequentes ao oftalmologista e realizar, sempre, alguns exames de prevenção como o de campo visual e o de fundo de olho, por exemplo, para evitar os sustos causados pelo glaucoma. Não há como prevenir, mas se pode evitar a perda da visão. Diagnóstico precoce e cuidados meticulosos com a doença são chaves para a prevenção da cegueira", conclui a profissional.

 

Créditos: Jornal Folha do Sul 

http://www.jornalfolhadosul.com.br/noticia/2017/05/24/uma-doenca-silenciosa

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