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Dezembro vermelho conscientiza para a prevenção
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12 de Dezembro de 2016
O que é HIV
HIV é a sigla em inglês para Human Immunodeficiency Virus, o Vírus da Imunodeficiência Humana, que leva à perda progressiva da imunidade e é o causador da AIDS. Ao atacar o sistema imunológico, o vírus se multiplica rapidamente e atinge de maneira mais agressiva as células de defesa chamadas de linfócitos TCD4+, responsáveis por organizar e comandar a resposta do organismo diante de bactérias, vírus e outros micróbios causadores das mais variadas doenças.
O HIV é capaz de tornar o corpo mais vulnerável a infecções, mas é preciso ressaltar que muitos portadores do vírus vivem anos sem apresentar sintomas e desenvolver a AIDS. No entanto, podem transmiti-lo a outros por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez, o parto e a amamentação.
AIDS
É a sigla em inglês para Acquired Immunodeficiency Syndrome, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, estágio mais avançado da infecção pelo HIV que ataca o sistema imunológico. Quando o organismo não tem mais forças para combater agentes infecciosos, o paciente fica mais vulnerável a desenvolver complicações decorrentes de doenças que não seriam complicadas em uma pessoa com a imunidade preservada.
Se há alguns anos descobrir que tinha AIDS era uma sentença de morte, hoje é possível ser portador da síndrome e viver com qualidade de vida desde que o tratamento indicado e as recomendações médicas sejam seguidas à risca. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Por isso, é tão importante se proteger e fazer o teste regularmente.
Diagnóstico
É por meio da coleta de sangue – exames laboratoriais ou testes rápidos – que o diagnóstico da infecção pelo HIV é feito no Brasil. Os testes rápidos, realizados gratuitamente pelo Sistema
Único de Saúde (SUS), conseguem detectar anticorpos contra o HIV em até 30 minutos, com apenas uma gota de sangue retirada da ponta do dedo.
O diagnóstico precoce aumenta a expectativa de vida de quem tem HIV e as chances de as mães soropositivas não transmitirem o vírus aos filhos, desde que o tratamento recomendado
seja seguido.
Janela Imunológica
Para detectar o HIV, o indicado é realizar os exames de diagnóstico após a chamada janela imunológica, intervalo entre a infecção pelo vírus da AIDS e a produção de anticorpos anti-HIV no sangue. Aguarde pelo menos 30 dias após a exposição à situação de risco para realizar o teste. Caso o faça no período da janela imunológica, existe a chance de apresentar um falso resultado negativo, portanto, o ideal é refazer o exame.
Durante este intervalo, não deixe de se prevenir, pois, caso tenha sido infectado, pode transmitir o vírus para outra pessoa.
Formas de Transmissão
O HIV é encontrado em sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno, por isso, pode ser transmitido de várias formas:
Sexo sem camisinha (vaginal, anal
ou oral);
De mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação;
Uso de seringa ou agulha contaminada;
Transfusão de sangue contaminado;
Instrumentos que furam ou cortam
contaminados e não esterilizados.
PREVENÇÃO: VOCÊ PODE SE PROTEGER ANTES, DURANTE E DEPOIS DE UMA EXPOSIÇÃO DE RISCO.
ANTES:
Profilaxia pré-exposição é uma medida de prevenção ao HIV/AIDS que traz mais segurança e qualidade de vida. Utiliza os antirretrovirais de forma contínua, antes que ocorra uma exposição ao HIV. Com os medicamentos presentes no organismo, a infecção pelo vírus é impedida. Deve ser combinada a outros métodos de prevenção, como a camisinha.
DURANTE:
preservativo masculino, camisinha feminina e gel lubrificante.
Preservativo masculino: seguro, é um excelente método de proteção e deve ser usado sempre, inclusive combinado a outros métodos. Camisinha feminina:
o anel, que fica para fora da vagina durante a relação sexual, oferece proteção adicional ao cobrir a área externa e também pode ser combinado a outros métodos. Gel lubrificante: deve ser sempre à base de água para não danificar o preservativo. Seu uso, associado à camisinha, ajuda a diminuir o atrito durante o ato sexual e a possibilidade de provocar microlesões das mucosas genitais e anais, lesões que podem ser porta de entrada para o HIV.
DEPOIS:
PEP, a Profilaxia Pós-exposição consiste no uso de antirretrovirais
nas primeiras duas horas e até 72 horas após uma possível
exposição ao HIV.
EPIDEMIOLOGIA: preste atenção nestes números.
- O Brasil tem registrado, anualmente, uma média de 41,1 mil casos de AIDS nos últimos cinco anos.
- No Brasil, cerca de 112 mil pessoas vivem com HIV e não sabem.
- 1,1 milhão de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS em 2015.
- Aproximadamente 40 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo.
- 18,2 milhões de pacientes recebem terapia antirretroviral mundialmente.
- Todos os anos, cerca de 2,5 milhões de pessoas são infectadas pelo HIV no mundo.
- 129 países de baixa e média renda reportaram um total de 150 milhões de pessoas testadas em 2014.
- Desde o início da epidemia no mundo, mais de 70 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV e cerca de 35 milhões morreram por complicações da AIDS.
- 77% de todas as mulheres grávidas que vivem com HIV globalmente receberam medicamentos que impedem a transmissão para seus bebês em 2015.
- No Brasil, a doença avança em todas as faixas no público masculino jovem, e, dos 20 aos 24 anos, a taxa de detecção do vírus dobrou entre 2005 e 2015, passando de 16,2 casos por 100 mil habitantes para 33,1 casos por 100 mil.
Veja um excelente material produzido sobre o tema clicando aqui
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