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COMO TRATAR A DEPRESSÃO E PREVENIR O SUICÍDIO

Notícias - 8 de Setembro de 2020

Por Vanderlei Simões - Pisólogo
CRP 28149

Em psicologia se entende depressão como uma doença psíquica que pode ocorrer em qualquer pessoa independente da faixa etária, sendo mais frequente da adolescência em diante e possui como causa, segundo estudos, fatores emocionais, sociais e genéticos e tem como principal características despertar no acometido um desinteresse gradual na vida.


O deprimido é aquele que aos poucos começa a perder o interesse nos elementos que compõem o seu cotidiano, contudo muitas pessoas acabam confundindo momentos de tristeza com depressão. Por isso, antes de falar em como tratar a depressão e prevenir o suicídio proponho uma conceituação entre essas duas facetas da personalidade, a tristeza e a depressão.


A tristeza é uma emoção que vai se manifestar no percurso natural de vida de qualquer pessoa, geralmente os motivos que fazem com que alguém fique triste são, dificuldades no relacionamento, trabalho, na família e entre outros. Contudo, a tristeza é uma emoção que tem o seu tempo, por isso mesmo que alguém esteja muito triste, depois de um tempo o sujeito consegue ir se despindo deste afeto, seja por que resolveu o seu problema ou está investindo energia em outra atividade. A tristeza aparece, mas aos poucos se extingue.


A doença depressão por outro lado é um sentimento de tristeza persistente que parece não ter fim, e quando o sujeito que está deprimido passa por alguma situação na vida que o aborrece o quadro tende a piorar e então como uma possível saída para aliviar o seu sofrimento o deprimido pode começar a pensar em suicídio.


Porem nem todo aquele que está com depressão poderá manifestar ideação suicida. Cada pessoa é única, mesmo que um grupo de pessoas tenha a mesma doença, cada uma com sua subjetividade vai reagir de uma maneira e todos os casos conhecidos de depressão, mesmo os mais graves, aonde a pessoa tenta cometer suicídio possui tratamento.


O tratamento se compõe de psicoterapia com um psicólogo e em alguns casos há a necessidade de uma combinação de terapia e medicação, daí é necessária a ajuda de um psiquiatra, mas nunca é recomendado apenas a medicação, pois o remédio é para tratar o sintoma e o psicólogo para ajudar a tratar a causa.
Um fator que noto com uma certa frequência e que prejudica os inicios de tratamento é que algumas pessoas referem não conseguir procurar um psicólogo para falar aquilo que sentem, seja por vergonha, receio ou até por estarem acostumadas a guardarem seus problemas só para si ou ainda alegam falta de dinheiro.


Para ajudar as pessoas do primeiro caso, em minha opinião, isso se resolve com uma colocação simples: ninguém consegue resolver nenhum problema se primeiro não permitir que este saia de dentro de si e falar sobre como se sente é fundamental.
Para as do segundo grupo, hoje existem maneiras gratuitas de fazer terapia e receber ajuda. O tratamento pode se viabilizar tanto pela rede pública de saúde nos CAPS, quanto por universidades que tem o curso de psicologia como uma área de formação e que por isso geralmente possuem ambulatórios para os acadêmicos atenderem a comunidade.


Aqueles que estão lendo esse texto e que se identificam com alguma parte ou sabem de alguém que está passando por algo parecido, uma dica importante: procure um psicólogo ou encaminhe o seu conhecido a um profissional, quanto mais cedo se inicia um tratamento menor são as chances de ocorrer o suicídio.

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