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AGOSTO DOURADO

Notícias - 10 de Agosto de 2020

por:

Nutricionista Luíse Nogueira CRN - 12513
Nutricionista Angela Knorr CRN - 9886

 

O mês de agosto é conhecido como Agosto Dourado por simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação - a cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno.
Aproveitando esta campanha, decidimos criar matérias abordando vários assuntos dentro deste tema.

 

Vamos começar falando um pouco sobre a importância da amamentação:
Só para termos uma ideia da importância e da força que o aleitamento proporciona a uma nova vida: o aleitamento previne até 6 MILHÕES de mortes de crianças menores de um ano! Oferece ao bebê proteção contra o desenvolvimento de doenças como diabetes, previne de infecções, ajuda no desenvolvimento cerebral da criança e fortalece o vínculo com a mãe.

 

Mas será que a amamentação é simples e sempre perfeita?

 

1 - Amamentar é fácil?

Não, nem sempre a amamentação é fácil e tranqüila para a mulher.
Em filmes e novelas, a amamentação sempre parece algo mágico: o bebê naturalmente mama muito bem, a mãe sorri satisfeita e não ocorre nenhum contratempo. A vida real, porém, não é sempre assim. Na verdade, é bem comum que as mães tenham dificuldade para amamentar, sintam dores e até mesmo frustração, a ponto de desistir. Isso acontece porque há uma idealização de que a amamentação é natural na mulher, uma consequência do nascimento, algo que não precisa ser aprendido.

 

Apesar da dificuldade no primeiro momento, as mães devem lembrar que os contratempos, na maioria das vezes, podem ser superados, mas caso não sejam, saiba que, de modo algum, você será menos mãe por esse motivo.

 

Reunimos abaixo dicas para tornar a mamada mais agradável e também para resolver situações comuns do dia a dia da amamentação.

 

2 - Quais são as maiores dificuldades?

*Pega correta: Trata-se da forma correta de o bebê se encaixar no seio da mãe para tirar o máximo proveito da alimentação natural que tem à disposição sem machucá-la. Para uma pega correta é necessário que:

1- O rosto do bebê esteja virado para a mama
2- O bebê seja levado à mama, e não o contrário
3- A boca do bebê esteja bem aberta
4- Os lábios do bebê fiquem virados para fora (boca de peixinho), encostando na mama e sem fazer muito barulho na hora da sucção
5- A aréola esteja pouco visível por estar coberta pela boca do bebê ou, pelo menos, mais visível em cima do que embaixo (em casos de aréolas grandes)
6- O queixo do bebê toque a mama.

 

*Medo do leite fraco: Uma insegurança que pode assombrar as mamães é achar que seu leite é fraco, mas saiba que não existe leite fraco. O aleitamento materno é o melhor e mais completo alimento para o bebê. E, de acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS), até os seis meses de vida é indicado que ele seja o único alimento dos pequenos, pois possui todos os nutrientes necessários para nutri-los e hidratá-los.

 

*Sentir dor: É normal a mãe sentir dor, principalmente nas primeiras mamadas. O seio e o mamilo são sensíveis. ATENÇÃO Nunca use bucha vegetal nos seios para fortalecer a pele! Os desconfortos intensos ocorrem principalmente durante as primeiras semanas, quando os seios ainda estão se adaptando à amamentação. Se a dor persistir é importante verificar como esta a pega do bebê, pois uma pega errata pode acarretar em fissuras e mais dores.

 

*Fissuras no bico do seio: Normalmente as fissuras são resultados de uma pega incorreta. Quando ocorre o ajuste, as fissuras cicatrizam.

 

*Acumulo de leite nas mamas: O ingurgitamento é o acúmulo de leite na mama, que pode ser resultado de uma produção excessiva inesperada ou, mais comumente, de intervalos muito longos entre as mamadas e o não-esvaziamento total das mamas a cada vez que o bebê se alimenta. Quando o leite não sai completamente, o empedramento do líquido nos dutos mamários, inchaço e endurecimento na região, além de uma dor de média a forte podem aparecer.

 

A solução para este problema, em um primeiro momento, é simples: retire o leite. Se possível, mesmo com dor, coloque o bebê para mamar no lado onde há o acúmulo, enquanto isso, massageie a área inchada e dura ajuda a diminuir o inchaço e a desfazer o empedramento.


Para aliviar a dor, nos intervalos entre as mamadas, massageie mais e deixe sair a quantidade de leite que for necessária - não se preocupe, ele não fará falta para o bebê - e invista em compressas frias, pois o calor estimula a produção de leite e pode piorar muito a situação.

 

3- Rede de apoio para o sucesso da Amamentação

A participação do pai, a ajuda dos familiares e a assistência dos profissionais de saúde são fatores que interferem diretamente no êxito da prática.

 

*A figura paterna: Diferente do que algumas pessoas ainda acreditam, o pai é fundamental no processo do aleitamento materno. E ele pode participar de diversas maneiras, mas a principal delas é estando ao lado da mãe para oferecer todo o apoio necessário durante as mamadas.


Assumir os cuidados com o bebê – como as trocas de fraldas, os banhos e colocá-lo para dormir,  é outro ponto que merece destaque.
Além disso, o papai deve ficar de olho na alimentação da lactante, que às vezes está tão focada na amamentação que acaba não ingerindo os nutrientes necessários. Também vale lembrar que o ambiente calmo é essencial para o êxito da prática. O stress materno pode bloquear a produção de leite. A mãe pode até estar em um local movimentado, mas ele não pode ser estressante.


*Familiares e amigos: É extremamente importante que a família e os amigos apoiem a mãe, proporcionando uma situação favorável para que ela consiga amamentar de forma tranquila. Eles também podem ajudar nos afazeres domésticos para que ela possa alimentar o seu filho com calma.


*Profissionais da saúde: A mamãe tem que ser orientada sobre a amamentação ainda durante a gestação, pelo seu ginecologista, obstetra, nutricionista.  Antes e depois do parto, pode contar com o auxilio de profissionais consultores em amamentação, que darão todo o suporte necessário para enfrentar as barreiras e atingir o sucesso.

 

Procure ajuda! Você não esta sozinha e não será menos mãe por ter dificuldades com a amamentação!

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